Punir é educar?

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THAÍSE ROCHA | Muitos pais acreditam que punir é educar. E que, punindo, impõe limites na criança. Existem vários métodos construídos culturalmente que são transmitidas ao longo de muitas gerações como modelos a serem seguidos pelos pais na educação de seus filhos, dentre eles, o punitivo.

O ambiente familiar continua sendo a base dos valores da criança, tornando uma instituição fundamental para o crescimento físico, intelectual, emocional e social do indivíduo, como afirma Dessen, e Polonia (2007).

A família é considerada, de fato, o agente primário e mais poderoso de socialização; nesse contexto, os pais, utilizando-se de diferentes estratégias, como objetivar, suprimir ou eliminar alguns comportamentos considerados inadequados ou indesejáveis dos filhos, bem como incentivar ou promover a ocorrência de comportamentos adequados – são as chamadas práticas educativas, conforme Alvarenga (2001).

O manual defende que o desenvolvimento infantil requer o envolvimento ativo de adultos que, entre outras funções, devem ensinar às crianças os comportamentos adequados, e não punir apenas os inadequados. Estratégias disciplinares eficazes, adequadas à idade e ao desenvolvimento da criança, ensinam a criança a regular seu próprio comportamento, mantendo-a longe do perigo, melhorando suas habilidades de funcionamento cognitivo, socioemocional e executivo.

Lembre-se que, para educar, você é o exemplo. Seja esse bom exemplo!

Referências:

DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Paidéia (Ribeirão Preto) [online]. 2007, vol.17, n.36, p 22 / ALVARENGA, P.; PICCININI, C.; Práticas Educativas Maternas e Problemas de Comportamento em Pré-Escolares. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 2001, vol.14, n.3, p.449-460.